Liz passou o dia inteiro com os nervos em frangalhos. Não conseguia se concentrar em nada, sequer saboreou o almoço preparado com tanto carinho pela cozinheira. Caminhava pela casa como um fantasma, com as mãos instintivamente pousadas sobre o ventre ainda plano, mas já cheio de significado. Pensava e repensava nas possibilidades — esconder a gravidez de Alexander até que fosse impossível negar, ou... fugir.
Fugir antes que ele descobrisse.
Porque uma coisa era certa: quando ele soubesse, o chão entre eles ruiria. Alexander sempre deixou claro que não queria mais filhos. Que era uma regra. Que não haveria espaço para negociação. E se tivesse que escolher entre ele e seu filho, Liz já sabia a resposta.
Escolheria o filho. Sempre.
Perdida em seus pensamentos, foi surpreendida pela voz da governanta.
— Senhora Liz… têm visita.
Ela franziu a testa, confusa.
— Visita? Quem?
— A pessoa disse que queria lhe fazer uma surpresa, não quis se apresentar — respondeu a governanta,