O restante da manhã se passou entre risos, conversas cruzadas e memórias que vinham à tona a cada mordida nos quitutes da Rosa. A mesa foi ficando mais leve, mesmo com a presença de Thomas e Mariana pairando como sombras do passado.
— Eu preciso ir até o povoado resolver uma coisa rápida com o gerente do banco — Bernardo disse baixo, inclinando-se até mim. — Volto antes do almoço, tá?
Assenti, tentando não deixar o incômodo transparecer. Eu queria que ele ficasse.
— Claro — murmurei, e ele me beijou a têmpora antes de se despedir dos outros.
A movimentação no casarão diminuiu. Lena e Diogo foram para os fundos da casa organizar as bebidas, Mariana sumiu não sei pra onde, talvez pro quarto dela, talvez pro mundo dela e minha tia foi conferir os pratos com a Rosa na cozinha. Foi nesse silêncio espaçado que resolvi subir. Queria tomar um banho rápido, trocar de roupa. Me sentia meio fora de mim.
Subi as escadas devagar, sentindo aquele velho peso apertar o peito. Entrei no quarto e comec