sinopse "Naty está desesperada ao receber os resultados dos exames que revelam a dura realidade: sua filha Luna está com leucemia e precisa urgentemente de um transplante de medula. Mas a situação se complica quando descobre que seu sangue não é compatível com o da filha. Além disso, o pai de Luna abandonou a família para ficar com a amante, deixando Naty sozinha para enfrentar essa luta. Sem outra saída, ela, se passando por uma pessoa importante, vai até a empresa do irmão mais velho do pai de sua filha e implora, ou até se vende, para que ele faça um exame de medula para saber se o CEO é compatível. Murilo Ferri sempre viveu na sombra do seu meio-irmão, e sempre que ele comete uma burrada, ele é quem tinha que resolver, e isso acabava o prejudicando. Seu pai sempre apoiava o irmão irresponsável enquanto ele fazia de tudo para agradar o pai."
Leer másCapítulo 19 Naty Sampaio Estranhei o fato de Murilo querer ir de madrugada até a casa de sua mãe, mas, ao chegarmos lá, percebi que parecia algo sério. Cumprimentei-a e pedi para deixar Luna em um dos quartos; ela me indicou qual, e subi com Luna adormecida em meus braços. Ela se agitou tanto durante o dia que acabou pegando no sono no carro e não acordou mais. Deitei-a na cama, cobri-a com cuidado e fiquei ao seu lado por alguns instantes, observando-a respirar tranquila. Depois de alguns minutos, desci para ver o que estava acontecendo. Ao chegar à sala, deparei-me com minha sogra ajoelhada no chão, chorando convulsivamente, e Murilo tentando consolá-la. — O que aconteceu? — perguntei, sentindo um nó na garganta. — Minha pequena Ângela… — ela começou a chorar ainda mais alto, o que me arrepiou. Uma empregada trouxe um chá e, aos poucos, ela se acalmou e acabou pegando no sono ali mesmo. Murilo a carregou nos braços até o quarto, e eu o acompanhei, sentindo um aperto no peito.
Capítulo 18 Naty Sampaio Murilo estava sendo extremamente atencioso com Luna e comigo. Levei Luna para se trocar, preparei uma bolsa para emergências e fomos até Murilo, que já nos esperava no carro. Assim que nos aproximamos, ele abriu a porta para Luna, que sorriu radiante com o gesto. Depois de ajudá-la a subir, abriu a porta para mim, como um verdadeiro cavalheiro. Juntos, como uma família de verdade, seguimos para o parque de diversões. No caminho, o rádio tocava músicas animadas, e nós cantávamos alto, rindo juntos. Luna inventava novas letras para as músicas, e Murilo acompanhava, fazendo vozes engraçadas só para vê-la gargalhar. Eu observava os dois e sentia o coração se aquecer — era tudo o que eu sempre sonhei para minha filha. Quando chegamos, Murilo novamente abriu a porta para nós duas e, de mãos dadas, entramos no parque. Luna caminhava entre nós, saltitando, feliz por estarmos assim — unidos. As luzes piscavam por todos os lados, o cheiro de pipoca e algodão-doce s
Capítulo 17 Naty Sampaio Acordei cedo, deixando Murilo ainda dormindo. Levantei devagar, me aprontei e passei no quarto de Luna para ver como ela estava. Sorri ao vê-la sonhando tranquila, um sorriso leve nos lábios. Fechei a porta com cuidado e segui para a cozinha: queria preparar um café da manhã especial. — Bom dia — cumprimentei os funcionários ao entrar. — Senhora, deseja seu café agora? — perguntou Solf, a encarregada das refeições, com um sorriso gentil. — Na verdade, pensei em preparar algo especial para Murilo e Luna. Você poderia me ajudar? — pedi, e ela abriu um sorriso ainda maior. — Claro, senhora, venha comigo. Com sua ajuda, preparamos uma linda bandeja de café da manhã. Frutas cortadas, pães, ovos, sucos... tudo feito com carinho. Só faltavam os remédios, que peguei antes de subir com a bandeja equilibrada nas mãos. Parei em frente ao nosso quarto, depositei a bandeja sobre a cômoda e fui até o quarto da minha filha. Ela já se remexia na cama, acordada. — Bo
Capítulo 16 Naty Sampaio Dois dias após a cirurgia, Murilo e Luna finalmente receberam alta, depois de passarem por uma série de exames. A recuperação seria feita em casa, com a assistência de uma enfermeira — ideia dele, que parecia detestar hospitais e, principalmente, agulhas. Ainda assim, mesmo relutante em estar num hospital, ele foi capaz de doar sua medula para salvar minha filha. Isso me faz acreditar que ainda existem pessoas boas no mundo, e que sou incrivelmente sortuda por ele ter me escolhido como esposa. Minha amiga Sarah veio visitar Luna, trazendo um presente para a sobrinha e um sorriso imenso ao ver que tudo correra bem na cirurgia. Fiquei surpresa ao descobrir que ela estava noiva do advogado de Murilo, o tal Meireles, mas fiquei feliz por ela. Sarah merece ser feliz. — Naty… mamãe… por que esses dois estão gritando agora? — resmunguei baixo, pegando uma bandeja com lanches para os dois. Subi as escadas até o quarto que eu dividia com Murilo e os encontrei deit
Capítulo 15 Naty Sampaio Depois que voltei para o quarto de Murilo, ele já estava dormindo. Sentei-me no sofá e me cobri com o lençol que havia trazido de casa. Adormeci ali mesmo. Acordei com o alvoroço das enfermeiras ajeitando-o para levá-lo à sala de operações. Saí um pouco para escovar os dentes, tomei um banho rápido e tomei um café, já que a fome apertava. Quando voltei, médicos e enfermeiras já tinham levado minha pequena e meu marido para a cirurgia. Caminhei até a sala de espera, sentindo o coração apertado, nervosa e angustiada. A dor de esperar era insuportável. Aproveitei o momento para rezar. Ajoelhei-me, juntei as mãos e comecei a pedir a Deus, com toda a força da minha alma, que protegesse Luna e Murilo. Que a cirurgia corresse bem, que minha filha pudesse ser curada, assim como ele. Também pedi que Deus levasse embora aquele medo que me sufocava. As lágrimas escorriam silenciosas enquanto eu rezava de olhos fechados. Então, senti um vento suave perto de m
Capítulo 14 Naty Sampaio Eu jamais poderia imaginar que Murilo fosse um Youkai Kitsune. Eu sequer acreditava que isso realmente existisse… Tudo o que eu ouvira antes eram apenas contos, histórias distantes demais para serem reais. Mas, depois daquela pequena revelação, ele me levou à loucura, tomando-me como sua mais uma vez. Ele era um homem insaciável. Depois do café da manhã, seguimos para a empresa. Murilo cuidou de tudo para que nada desse errado enquanto estivesse internado. Deixou alguém de confiança no comando por alguns dias, e então voltamos para casa, onde eu precisava preparar uma pequena mala com alguns objetos pessoais — dele e meus — e algumas roupas, já que eu pretendia ficar no hospital com ele e com Luna. — Murilo… — chamei, assim que o vi entrar no quarto, enquanto eu tentava fechar a mala. — Sim? — respondeu, vindo até mim e fechando a mala com um simples movimento. — Se você é um Youkai, isso quer dizer que vai se recuperar mais rápido, não é? — perguntei,
Último capítulo