O salão parecia congelado por um segundo.
A música sumiu. As luzes parecem mais fracas. E os olhares se voltaram todos para o centro da pista, onde Lorenzo segurava Isadora com a posse de um homem que acabou de reivindicar o que julgava seu, mesmo que ela não tivesse dado permissão.
— O que pensa que está fazendo? — ela sussurrou, os olhos faiscando de raiva.
— Trazendo você de volta ao seu lugar. — ele respondeu, sem um traço de arrependimento na voz.
— Eu não sou uma propriedade, Lorenzo.
Ele a girou, fazendo com que o corpo dela colasse ainda mais ao dele, a respiração se entrelaçando, os olhos verdes cravados nos dela.
— Não? — murmurou — Então por que esse corpo treme quando eu toco? Por que seus olhos queimam quando me desafiam?
Ela apertou a mandíbula, tentando lutar contra o fogo que se espalhava por dentro. Ele era como uma tempestade de verão: rápido, devastador, impossível de ignorar.
— Você ultrapassou todos os limites.
— Ótimo. Porque eu nunca quis ficar dentro deles.
E e