Isadora mal teve tempo de processar os olhares de Lorenzo durante a última reunião antes de vê-lo abrir a porta do carro para ela, como um cavalheiro bem treinado. Só que ela sabia, cada gesto de Lorenzo era mais uma jogada. Nada era gratuito. Nem mesmo a gentileza.
O trajeto de volta à mansão foi silencioso. O motor do carro parecia mais barulhento do que o normal, preenchendo o vazio entre eles. Isadora sentia o olhar dele sobre ela de tempos em tempos, mas não cedia. Mantinha o queixo erguido, os olhos fixos na janela e o coração… inquieto.
Quando chegaram em casa, ele abriu a porta de novo e esperou que ela saísse. Nenhuma palavra foi dita até cruzarem o imenso hall iluminado por luzes quentes e silenciosas.
— Suba. — disse ele, finalmente. A voz baixa, controlada.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— Para o quarto de hóspedes?
Ele sorriu de lado. Mas não era um sorriso. Era um aviso.
— A partir de hoje, você vai dormir no meu quarto.
Ela soltou uma risada descrente.
— O quê?
— Ouviu be