O alívio da vitória no tribunal ainda pulsava no meu peito, mas era um sentimento frágil, como uma chama que poderia se apagar a qualquer momento. Enquanto saíamos do prédio, o sol da tarde batia no meu rosto, e Lucy segurava minha mão, balançando um desenho que fez para William.
— Vamos mostrar pro tio Will! — disse ela saltando com cada passo animado.
Jenny sorria ao meu lado, mas seus olhos carregavam a mesma preocupação que eu sentia. William estava no hospital, lutando contra o tumor, e eu precisava contar a ele que estávamos livres, que Jones agora era o investigado. Precisava ver o rosto dele, sentir o calor da mão dele na minha, saber que ele estava bem, agora era o momento que podíamos nos concentrar apenas nele.
O trânsito estava um caos, as ruas congestionadas por algum acidente que nos prendeu por quase uma hora. Eu tamborilava os dedos no banco do carro, o coração acelerado, uma inquietação dentro de mim, como um pressentimento ruim.
— Vamos demorar muito, Brian? — pergun