O dia começou com uma leveza que eu não sentia há semanas. Sophia estava na cozinha, rindo com Jenny enquanto Lucy desenhava na mesa todos os lápis de cera espalhados como um arco-íris. Eu observava da porta, o coração aquecido pela cena, imaginando nosso bebê ali no futuro brincando com Lucy.
Mas então, a dor veio como uma faca sendo cravada na minha cabeça, mais forte do que nunca. Apertei a têmpora, tentando disfarçar antes de entrar na cozinha, mas o mundo girou à minha volta, as vozes de Sophia e Lucy ficaram distantes, as risadas distorcidas. E então a minha visão escureceu, e antes que eu pudesse reagir, meu corpo bambeou e as pernas cederam, me fazendo desabar no chão.
— Will! — Ouvi o grito de Sophia cortar o ar, cheio de pânico, eu quis me levantar, quis ser forte por ela e me erguer, mas não tinha forças e mal conseguia enxergar com a visão turva. Eu senti as mãos dela no meu rosto, frenéticas, enquanto ela gritava por ajuda. — Brian! Jenny chama a ambulância, por favor!
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