Milena sempre foi uma moça responsável, seguindo as rígidas regras impostas por seu pai. Porém, cansada de viver sob o controle dele, decide se libertar por uma noite. Em um momento de diversão, ela bebe demais e acorda na manhã seguinte na cama de um desconhecido. Flashes da noite anterior começam a surgir em sua mente, e ela, desesperada, sai do quarto sem avisar. Tudo parecia estar bem, e Milena acreditava que aquela noite não teria consequências. No entanto, algumas semanas depois, ela descobre que está grávida. Ao contar para o pai, ele fica furioso e a tranca em um calabouço, tentando esconder a "desonra" que ela trouxe à família. Quando o bebê nasce, é arrancado de seus braços e deixado na porta de uma mansão. Essa mansão pertence ao milionário com quem Milena passou a noite, e junto ao bebê, há um bilhete revelando que ele é o pai e que não pode ficar com a criança. Meses depois, Milena consegue escapar e, com a ajuda de sua melhor amiga ela tenta recomeçar sua vida. Depois de uns dias, Milena aceita um emprego como babá na casa de Dominic, um milionário. Ela se apega profundamente à criança, Sem saber que o bebê que ela aprendeu a amar é seu próprio filho. Milena nem imagina a verdade por trás de sua história. Entre o amor e a dor, Milena terá que lidar com as consequências de suas escolhas. Mas será que ela conseguirá recuperar o que lhe foi tirado e construir uma nova vida ao lado do homem que aprendeu a amar, mesmo sem saber a verdade?
Ler maisO trânsito havia se transformado num caos. Carros parados, motoristas irritados, olhares curiosos lançados em sua direção. Eles nem haviam notado o alvoroço que causaram.Num impulso, Edward colocou os óculos escuros, tentando esconder a confusão estampada no rosto. Segurou o volante com força, os dedos trêmulos. Antes de arrancar, inclinou-se levemente, ajustou o retrovisor e, com um gesto contido, ergueu a mão em sinal de desculpas aos motoristas atrás.O silêncio entre ele e Rafaella pesava mais que o barulho ao redor.Depois de horas encarando o silêncio entre buzinas, curvas e pensamentos não ditos, Edward e Rafaella finalmente chegaram ao aeroporto. O voo para Nova York partiu com o céu tingido de laranja, como se o dia também estivesse em conflito.O avião cortava as nuvens enquanto Rafaella olhava pela janela, os olhos fixos no horizonte. Edward, ao lado, folheava uma revista sem ler uma única palavra. O silêncio entre eles era mais alto que o som dos motores.O táxi parou em
Edward mantinha a mão firme no volante, os dedos apertando levemente o couro como se tentasse controlar não apenas o carro, mas também os pensamentos que o atormentavam. O sol da tarde atravessava o para-brisa, desenhando sombras suaves sobre o rosto de Rafaella, que, sentada ao lado dele, ajeitava os cabelos com delicadeza. Seus dedos deslizavam pelas mechas como se tentassem acalmar o turbilhão que se formava dentro dela. Um leve sorriso se esboçava em seus lábios, mas seus olhos denunciavam inquietação.Edward lançou um olhar rápido para ela, ajustando a gravata com um gesto nervoso. Seu maxilar estava tenso, e ele pigarreou antes de falar, tentando manter a voz firme, mas falhando ao esconder a hesitação.— Terminou aqueles relatórios que lhe pedi antes da viagem? — murmurou, desviando o olhar para o retrovisor, como se buscasse ali uma fuga. — Sabe muito bem que, uma vez dentro do avião, não há como voltar atrás...Enquanto falava, esticou o braço para pegar os óculos escuros que
Edward mantinha as mãos firmes no volante, os olhos fixos na estrada à frente. A tensão em seu maxilar denunciava o esforço que fazia para manter o foco, como se cada quilômetro percorrido fosse uma fuga silenciosa do passado. Ao seu lado, Rafaella fingia mexer no celular, mas seus olhos não conseguiam se afastar do perfil dele, o contorno da mandíbula, o jeito como ele franzia levemente a testa, como se estivesse lutando contra pensamentos que insistiam em voltar.Ela respirou fundo, o som quase inaudível, mas carregado de hesitação. Guardou o celular na bolsa com movimentos lentos, como se estivesse adiando o inevitável. Então, com delicadeza, estendeu a mão e tocou o ombro dele, um gesto suave, mas cheio de peso.— Até quando vai fingir que não me conhece?... — sua voz saiu baixa, quase um sussurro, mas firme. Seus olhos estavam fixos no rosto dele, buscando respostas que ele parecia evitar. — Vai me dizer que esqueceu? — Continuou, ainda com a mão sobre o ombro dele. Edward apert
O dia amanheceu com suavidade, quando os primeiros raios de sol atravessaram as cortinas brancas e finas da janela do quarto de Rafaella e Milena. A luz dourada se espalhou pelo ambiente, tocando delicadamente os móveis e acariciando os rostos das duas moças ainda adormecidas. O quarto estava silencioso, exceto pelo som distante dos pássaros e o leve farfalhar das folhas lá fora.Milena foi a primeira a se mover. Seus olhos se abriram lentamente, como se despertassem de um sonho doce. Ela ergueu a cabeça do travesseiro, e um sorriso suave se formou em seus lábios ao lembrar do dia anterior, o momento em que reencontrou seu filho. A lembrança era como um abraço quente em seu coração, e ela permaneceu ali por alguns segundos, saboreando a emoção.Com delicadeza, Milena deslizou a mão sobre o lençol macio, sentindo a textura contra a pele, como se quisesse se ancorar na realidade. Ela se sentou na beirada da cama, seus cabelos desgrenhados caindo sobre os ombros, e estendeu o braço até a
Rafaella havia aceitado o pedido com um sorriso suave nos lábios, o coração ainda acelerado pelo turbilhão de acontecimentos recentes. Do outro lado da cidade, sob o céu encoberto do fim de tarde, Dominic encostava lentamente o carro na calçada. A poucos centímetros da linha de estacionamento, ele respirou fundo, as mãos ainda firmes no volante, mas o olhar perdido — tenso, sombrio, afundado na superfície fechada de um envelope que ele mantinha com cuidado no colo.Dentro do carro, o silêncio dizia mais que mil palavras. Sr. George, sentado ao seu lado no banco dianteiro, mantinha os olhos fixos na paisagem, mas sua mandíbula levemente contraída entregava o nervosismo. Atrás, Milena apertava com carinho as pequenas mãos do menino que dormia tranquilo na cadeirinha, alheio ao significado daquele momento. Seus dedos tremiam levemente, e seus olhos, fixos em Dominic, revelavam ansiedade e esperança em medida quase igual.Quando o carro finalmente foi desligado, o clique seco da chave eco
Na reunião, Rafaella mal conseguia se concentrar. O reencontro inesperado com Edward a deixava inquieta, sua mente lutando para acompanhar as explicações de Fernando, que, com gestos meticulosos, detalhava cada passo do novo projeto. Mas para ela, as palavras soavam distantes, abafadas pelo turbilhão de emoções que pulsava em seu peito.Disfarçadamente, Rafaella desviava o olhar para Edward, tentando decifrá-lo. Sentia uma mistura de expectativa e apreensão. Será que ele se lembrava dela? Seus olhos buscavam algum vestígio de reconhecimento, algum traço do homem que ela havia conhecido no passado.Edward, sentado do outro lado da mesa, percebeu os olhares insistentes de Rafaella. Ele não desviou. Ao contrário, seus olhos azuis pousaram sobre ela com uma intensidade calculada, como se a estivesse analisando, medindo suas reações. Seu rosto permanecia impassível, mas havia algo em sua postura, os ombros levemente rígidos, os dedos entrelaçados sobre a mesa que denunciava um certo incômo
Último capítulo