O motorista me deixou de volta na casa cerca de meia hora depois.
Subi direto para o quarto do Liam. A governanta tinha explicado na véspera que uma babá assistente ficaria com ele sempre que eu precisasse sair para levar ou buscar Olívia. Fazia sentido, o bebê não podia ficar sozinho.
Abri a porta devagar.
Uma mulher de uns vinte e cinco anos estava sentada na poltrona ao lado do berço, mexendo no celular. Uniforme impecável: calça preta, blusa branca, tênis branco. Cabelo loiro preso num rabo de cavalo alto, maquiagem discreta, mas bem-feita. Ela levantou os olhos quando me viu entrar, e o sorriso que se formou no rosto dela não chegou nem perto dos olhos.
— Ah, você deve ser a Mareu — disse, colocando o celular de lado e se levantando. — Eu sou a Helen. Babá assistente.
Estendeu a mão. Apertei, sentindo os dedos dela frios e firmes demais.
— Filha da governanta — ela acrescentou, como se isso explicasse sua presença, seu direito de estar ali. — Cuido do Liam quando você precisa sai