Lúcia Donovan
A palavra “alta” caiu na minha cama como um objeto estranho naquela manhã. Não tinha peso, não tinha forma; só um som polido que não combinava com a bagunça dentro de mim.
“Seus exames estão bons, Lúcia,” disse a Dra. Cameron, gentil. “Pressão controlada, nenhum novo evento. Você pode e deve, continuar o acompanhamento em casa. Nós queremos você forte para o Samuel.”
Eu segurei a borda do lençol com os dedos que ainda lembravam a textura da luva comprida da UTI neonatal. “Mas meu bebê vai ficar?.”
“Sim, ele ainda precisa ficar,” ela confirmou, sem floreio. “O pulmão ainda precisa de atenç&