241. O Maior Erro Da Vida
“Lorenzo Villani”
O armazém na zona industrial, sob nosso controle há anos, está silencioso demais para um local que teve movimento suspeito há apenas uma hora.
Já faz quarenta minutos que inspecionamos cada fileira de caixas, e a cada passo que dou, minha desconfiança só aumenta.
Três homens foram vistos por aqui, mas algo não bate. As evidências são sutis demais, quase inexistentes. Para quem supostamente investigava nosso território, deixaram rastros de menos.
— Vocês têm certeza de que viram alguém aqui? — pergunto, revistando pela terceira vez as caixas próximas à entrada.
— Absoluta — Giuseppe insiste. — Três homens, no mínimo. Estavam verificando as entradas, como se planejassem algo.
Franzo a testa.
Em quinze anos lidando com invasões territoriais, nunca vi nada tão… limpo. Invasores de verdade sempre deixam bagunça, sinais óbvios.
Caminho até o centro do galpão, analisando cada canto. Está tudo quase normal e isso é o que mais me incomoda. Quando parece fácil demais, é porque