242. Sorrindo, Vou Assistir À Sua Morte
“Aurora Bianchi”
Acordo com a cabeça latejando e o gosto metálico de sangue na boca.
Por alguns segundos, tudo é confuso — até que a dor nos meus pulsos me faz encarar a realidade: estou amarrada a uma cadeira em um galpão mal iluminado.
As memórias voltam em flashes. O carro me seguindo. O impacto na traseira. O coração batendo forte. Três homens me cercando.
Consegui sacar a pistola que Lorenzo me deu assim que julgou que eu estava pronta, e atirei em dois deles antes que o terceiro me acertasse na cabeça com algo pesado.
Com certeza não morreria sem lutar. Não me empenhei tanto para não reagir quando notasse algum perigo.
— Finalmente acordou, ragazzina — uma voz masculina vem pelo meu lado direito.
Viro a cabeça devagar, tentando não demonstrar quanta dor isso me causa, e vejo um homem de meia-idade, bem vestido, se aproximar com um sorriso frio, que não chega aos olhos.
— Você matou dois dos meus melhores homens — ele continua, parando diante de mim. — Nada mal para a nam