POV TAYLA
Eu estava embalando Lewis nos meus braços enquanto cantava uma canção:
- Brilha, brilha, morceguinho
Como é estranho o seu voar
Sobre as nuvens vai subindo
Com um prato no ar.
Ele sorriu e comecei a cantar novamente:
- Brilha, brilha, morceguinho...
- Onde estão os meus amores? – Ouvi a voz de minha sogra, chegando na área externa carregada de sacolas, como sempre.
- Líbia! – sorri, feliz ao vê-la.
- Como assim “brilha, brilha, morceguinho”? – ela riu, pegando Lewis do meu colo – É a canção de ninar mais sem sentido que já ouvi na vida.
- Você leu Alice no País das Maravilhas? – perguntei, curiosa.
- Eu? Não, claro que não.
- Então por que falou: “É a canção de ninar mais sentido que já ouvi na vida?”
- Falei porque simplesmente é a canção de ninar mais sem sentido que já ouvi na vida. – Ela riu, franzindo a testa.
- É exatamente a frase que Alice usa no livro... Tirando a parte do “ninar”, porque a canção não é de ninar.
- Já ouviu “Brilha, brilha, estrelinha”?
- Não.
- Não