Ísis, por sua vez, fechou a porta atrás de si e observou a casa atentamente.
Era uma construção que guardava histórias em cada lasca de madeira. Feita para mim e Tayla quando éramos crianças, mas que, como um abraço paciente, cresceu junto conosco. O tronco maciço da árvore atravessava o centro da casinha, sua casca áspera ainda visível entre as pranchas envelhecidas, uma coluna viva que sustentava memórias. Tayla e eu nos encaixávamos ali, não mais com a folia desengonçada da infância, mas com um conforto que só o tempo nos concedia.
A cama de solteiro, estreita mas aconchegante, ficava encostada na curva mais larga do tronco, com lençóis desarrumados e dois travesseiros afundados que tinham histórias de noites em claro, de risadas e de segredos murmurados. Na parede oposta, uma janela grande, quase uma moldura para o arvore