Assim que cheguei em casa, vi que estava tudo escuro, a não ser por algumas luzes da sala, que logo desliguei assim que entrei.
Subi as escadas devagar, com aquele peso bom de quem cumpriu o dever. Quando abri a porta do quarto, vi apenas a luz suave do abajur. Cristina dormia tranquilamente, ou pelo menos foi o que pensei. O rosto dela estava sereno, e por um instante fiquei só ali, parado, observando… tentando entender como eu tive tanta sorte.
Tirei o colete, deixei a farda de lado e fui direto para o banho. A água quente escorrendo sobre mim parecia lavar não só o suor, mas o cansaço e o peso da operação. Tudo que eu queria agora era paz.
Ao voltar para o quarto, Cristina se mexia na cama. Ela abriu os olhos devagar, mas, caralho, a mulher estava querendo me enlouquecer, só pode. Ela estava com um baby doll minúsculo e transparente. Eu nem me mexi do lugar; ela veio ao meu encontro com passos lentos, sem desviar seu olhar do meu.
-Bonequinha, eu acho que era para você estar dormi