Avançávamos pelos cômodos, cada passo medido, cada canto revistado. O som dos disparos anteriores ainda ecoava na minha mente. Três bandidos já estavam caídos na entrada, e a tensão no ar era sufocante. Meu coração batia como um tambor — mas não pelo perigo, e sim pelo medo de não encontrar Cristina a tempo.
Eu e Thiago seguimos para o corredor principal. O chão rangia sob nossas botas, e as paredes estreitas carregavam o cheiro de pólvora e sangue. Minha respiração estava pesada, mas minha mente só repetia um nome: Cristina.
Foi então que avistei movimento no fundo. Entrei num quarto com a arma em punho e, naquele instante, o mundo parou.
Cristina estava no chão, pálida, com sangue no peito. Ao lado dela, Mariana lutava para respirar, as mãos pressionando a barriga ensanguentada. E bem diante delas, Lara. Aquela mulher, com um olhar frio e satisfeito, apontava a arma direto para a cabeça da mulher que eu amava.
Meu coração parou.
— NÃO! — gritei, e não pensei duas vezes.
Meu dedo ape