Cloe.
A lembrança do jeito distraído com que ela mordia a ponta do lápis, ou do sorriso sincero quando falava de livros, aparecia em sua mente quando menos esperava. Ele não deveria deixar isso interferir, mas cada vez mais se via dividido entre o dever e o desejo de simplesmente estar ao lado dela.
Na manhã seguinte, Cloe ajeitava as prateleiras da livraria, distraída. Seus olhos se perdiam nos títulos, mas sua mente estava distante. Desde a última mensagem breve de Jhonas, não havia tido mais notícias. Não queria se apegar à ansiedade, mas a ausência dele pesava.
— Está tudo bem, Cloe? — perguntou Marina, a colega de trabalho, ao notar sua expressão.
— Estou… só cansada. — forçou um sorriso.
Marina não insistiu, mas Cloe sabia que não estava enganando ninguém. Havia algo diferente em seu coração desde que Jhonas aparecera em sua vida. Uma mistura de medo e esperança.
Quando chegou em casa, naquela noite, tentou escrever. Abriu o caderno, rabiscou algumas linhas, mas apagou logo em s