Cloe tentava seguir sua rotina, mas os pensamentos sempre voltavam à mensagem enigmática de Jhonas: “Se eu sumir por uns dias, não se preocupe.”
Como alguém podia escrever isso esperando tranquilidade do outro lado?
Naquela manhã de sábado, ela decidiu se distrair. Colocou um casaco leve, prendeu os cabelos de qualquer jeito e saiu para andar pelo parque. As árvores balançavam suavemente, o cheiro de terra molhada ainda estava no ar por causa da chuva da noite anterior. Crianças corriam, casais conversavam em bancos de madeira, mas Cloe se sentia deslocada, como se estivesse em um mundo paralelo.
No bolso, o chaveiro em forma de bússola que Jhonas lhe dera. Ela girava a pequena peça entre os dedos, tentando encontrar conforto na lembrança dele.
“Pra nunca se perder”, ele tinha dito. Mas e se quem estivesse se perdendo fosse ele?
A centenas de quilômetros dali, Jhonas observava o homem do envelope. O alvo era meticuloso, com passos calculados, sempre atento ao redor. Não era um civil