O relógio do quarto marcava quase meia-noite quando Jhonas deixou o hotel. O vento cortante atravessava o casaco, e o cheiro de chuva pairava no ar. Ele se misturou à multidão noturna, mas seus passos seguiam um caminho preciso — até um café quase vazio, iluminado por uma luz amarela fraca.
Na mesa do fundo, um homem folheava um jornal, mas não lia de verdade. Jhonas se aproximou.
— Lugar vazio à essa hora é difícil de achar.O homem dobrou o jornal.
— Principalmente quando você é esperado.O diálogo curto escondia códigos e confirmações. Sobre a mesa, o homem empurrou um envelope pardo.
— Três dias. Depois disso, é cada um por si.Jhonas pegou o envelope, sem abri-lo ali.
— Entendido.Enquanto isso, Cloe estava sentada no sofá, coberta por uma manta, tentando ler um livro infa