O pedido de afastamento parcial havia sido aceito. Pela primeira vez em anos, Jhonas podia organizar seus dias sem depender de chamadas urgentes ou códigos vermelhos no meio da madrugada. Ele ainda era agente, mas agora... também era algo mais.
Cloe.
Ele a via quase todos os dias. E mesmo nos dias em que não se viam, trocavam mensagens curtas, áudios carinhosos, pequenos sinais de que estavam presentes um na vida do outro. Aos poucos, o medo dava espaço à confiança. E a rotina, antes feita de urgências, passava a ter espaço para cafés no fim da tarde, jantares caseiros e silêncios confortáveis.
Certa manhã, Jhonas apareceu com uma mochila nas costas e um brilho diferente no olhar.
— Fiz uma surpresa. Você tem planos pro fim de semana?
Cloe franziu os olhos, desconfiada.
— O que você aprontou?
— Nada perigoso. Prometo. Só... separe uma muda de roupa leve, chinelo, casaco e seu caderno de anotações.
Ela riu.
— Tem cheiro de armadilha.
— É só um lugar tranquilo. Vai confiar em mim?
Ela r