Os anos haviam passado, transformando a menina de olhar curioso e sorriso encantador em uma jovem determinada e cheia de sonhos. Sophie Lancaster, agora com 23 anos, era a herdeira de um império familiar construído com suor, dedicação e tradição e após estudar nas melhores escolas, concluir o ensino médio com distinção aos 17 anos e se formar em administração, curso que escolheu para honrar e cuidar dos negócios da família Lancaster, ela se via prestes a viver um dos dias mais importantes de sua vida: seu casamento com Daniel Moore, um homem apaixonante, que conhecera na faculdade e com quem havia construído uma história repleta de cumplicidade e afeto.
A manhã do grande dia amanheceu com um brilho especial. O céu estava límpo e o sol, parecia abençoar a união, não havia um sinal de nuvem no céu. No elegante salão de um antigo casarão cercado por jardins bem cuidados, flores delicadas e arranjos que exalavam romantismo, os preparativos para a cerimônia seguiam com a perfeição de um sonho, enquanto familiares, amigos e convidados chegavam aos poucos, trocando sorrisos, abraços e palavras de afeto.No quarto, Sophie estava vestida com um deslumbrante vestido branco que realçava sua beleza natural. Seus olhos, sempre atentos a cada detalhe, refletiam a emoção de um momento tão esperado. Apesar de toda a elegância e circunstância, ela mantinha a simplicidade que sempre a caracterizou, uma elegância discreta e um sorriso sincero que contagiava todos ao redor. Algo conhecido como riqueza escondida. — Você está radiante, Sophie! — comentou Mariana, enquanto ajustava um delicado buquê de rosas-brancas na mão da noiva.— Obrigada, amiga, hoje é um sonho que se realiza. E obrigado por estar comigo desde sempre. — respondeu Sophie, com uma voz suave e cheia de emoção.Seu pai, Rick Lancaster, entrou no quarto, com um sorriso no rosto: — Vamos, minha filha, chegou a hora! Você está tão linda, estou tão feliz por você e pelo Daniel.— Obrigada, pai... — respondeu ela, retribuindo o sorriso com ternura.Sua mãe, ao lado de seu pai, não conseguiu dizer uma palavra, pois seus olhos estavam encharcados pelas lágrimas que escorriam, e Sophie entendia bem. Elas eram mais que mãe e filha, eram amigas, eram parcerias. Faziam tudo junto, fofocavam, riam, se divertiam e Sophie entendia sua mãe. Uma parte, feliz por tudo que aconteceu e que está acontecendo, mas a outra parte relutante, pois sua filha sairá de casa para viver a vida.*****No gramado, Daniel a esperava no altar, impecável em seu terno sob medida, com um olhar repleto de amor e admiração. Desde o primeiro encontro, na correria dos corredores da faculdade, ele soube que havia encontrado em Sophie alguém especial, alguém que compartilhava dos mesmos valores e sonhos de um futuro promissor. Seus amigos e familiares sussurravam palavras de otimismo e confiança, enquanto o clima de festa se espalhava por todo o ambiente.Sophie desceu os degraus com passos firmes, mas o coração acelerado, enquanto o tapete vermelho se estendia diante dela como um convite. Ao seu lado, seu pai exibia um sorriso orgulhoso e emocionado, enquanto a segurava pelo braço, como se quisesse transmitir toda a força e o amor que ela precisava. O ambiente estava repleto de convidados que, em silêncio, assistiam a cada passo da jovem noiva, maravilhados com a beleza e a elegância de Sophie.
Ao se aproximarem do altar, a emoção era tanta que foi difícil segurar as lágrimas. Rick parou por um instante, fitando os olhos de sua filha com um misto de alegria e saudade, consciente de que aquele era o momento de entregá-la a Daniel, o homem que havia conquistado seu coração.Ao avistar Sophie, o semblante de Daniel se iluminou. Ele deu um passo adiante, e sua voz, cheia de emoção, ecoou pelo salão:— Meu amor, você está mais linda do que eu jamais imaginei!— Daniel, hoje entrego não apenas minha filha, mas o reflexo de todos os anos de amor e dedicação que construíram nossa família. Cuide dela, proteja e a ame com a mesma intensidade que ela merece.
— Tenha certeza disso, Rick.
Então, com um gesto de carinho, Daniel segurou a mão de Sophie e a levou até o altar.
Sabia que dali para frente, sua vida mudaria por completo e que, ao lado de Sophie, seria o homem mais feliz da terra, e faria de tudo para que ela se sentisse feliz.***
Daniel e Sophie se fitavam como se o tempo tivesse parado só para eles. A luz suave das velas e o brilho natural dos olhos refletiam a esperança e o amor que transbordavam em cada gesto, enquanto os convidados observavam, o ambiente se transformava onde cada palavra proferida carregava o peso de promessas eternas.— Sophie, desde o primeiro instante em que te vi, soube que havia encontrado algo único. Você me fez acreditar que o amor pode ser a força mais poderosa para transformar o mundo. Prometo te amar em cada amanhecer e te proteger em cada anoitecer. Prometo te apoiar, te respeitar e caminhar ao teu lado, mesmo nos dias mais difíceis.
Sophie, com os olhos marejados e um sorriso, respondeu com voz suave:
— Daniel, seu amor é o farol que ilumina os meus caminhos. Em você, encontrei um porto seguro, um amigo, um amante e o meu companheiro de vida. Prometo honrar cada instante que passarmos juntos, construir nossos sonhos com carinho e enfrentar qualquer desafio com a coragem que só o nosso amor pode inspirar. Hoje, diante de todos, entrego meu coração a você.
A troca dos votos foi acompanhada de olhares intensos e cada frase proferida parecia ressoar além do altar, tocando a alma de cada pessoa presente. Em meio àquele momento, um dos padrinhos, emocionado, sussurrou para o outro:
— Nunca vi dois corações tão sintonizados... é como se eles estivessem destinados
Entre sorrisos e lágrimas contidas, os dois se aproximaram com um beijo terno e apaixonado. O beijo foi breve, mas carregado de significado, um símbolo de tudo aquilo que haviam prometido um ao outro. Em um instante, o tempo parecia se dissolver, e o mundo ao redor se tornou apenas um pano de fundo para aquele amor que transbordava de forma tão genuína.
Enquanto os aplausos se espalhavam pelo salão, Sophie e Daniel se olharam novamente, os olhos carregando a certeza de que haviam encontrado algo inestimável.