As lágrimas voltaram a cair. Ela olhou para si mesma no espelho, os olhos vermelhos, o rosto machucado, a alma em frangalhos.
— “Prometo te amar…” — murmurou, a voz embargada.
— Mais alto.
— Prometo te amar… na saúde e na doença.
— Continua.
— Prometo estar ao seu lado… em todos os dias difíceis.
— E?
— Prometo respeitar…
— Obedecer — corrigiu Brian, aproximando a boca do ouvido dela. — Diga.
— Prometo obedecer… suas decisões.
— Isso. Agora diga que pertence a mim.
— Eu…
Ele apertou seus ombros com força.
— Diga, Sophie.
— Eu… pertenço a você.
Brian sorriu no reflexo.
E Sophie, diante de mil versões de si mesma, sentiu que uma parte dela havia morrido naquele momento.
O silêncio que se seguiu após a última frase dita por Sophie parecia mais ensurdecedor que um grito.
Ela mal reconhecia a própria voz.
Ficou ali, estática, com os olhos cravados no reflexo, não apenas o seu, mas o dele atrás dela, como uma sombra eterna, um predador que se recusava a sair de cena. As mãos dele ainda pesa