HENRY
— Nosso jogador principal chegou. — Marcelo fala. Esse merda está completamente louco.
— Sim. Estou aqui. Me diga o que você quer para soltar essas pessoas.
— Vamos jogar, valendo a vida deles... — ele segue meu olhar em direção ao motorista, claramente morto. — Pelo menos de quem ainda está vivo.
— Cinderela... — não consigo completar a frase, porque de onde estou não dá para confirmar se ela respira.
— Só desmaiou. Coisa de grávida.
— Diga logo os termos do seu jogo.
— O jogo é simples, você acerta o pé da dona e sai levando a garota, erra e leva um corpo.
— Só tenho que colocar o sapato no pé da minha mulher? — questiono confuso.
— Isso.
Esse homem é doente, posso ver claramente quem é Cinderela.
— Já posso colocar?
— Claro. Claro. Vamos logo com isso.
Caminho devagar até Cinderela. Tenho que ser cuidadoso, loucos são capazes de qualquer coisa.
Me abaixo diante dela e acaricio seus tornozelos antes de calçar os sapatos nos seus pés descalços. Suas sandálias estão jogadas pert