No dia seguinte
CINDERELA
— Eu quero ver o Nate — exijo cruzando os braços sobre os seios sensíveis. — Sou sua prisioneira agora?
Meu marido continua servindo seu uísque no bar do quarto.
— Dá pra ficar calma, mulher?! Eu só disse que é melhor outro dia.
Bufo e me jogo sentada na cama. O que faz Henry me lançar um olhar matador.
— Estou grávida, não virei de cristal.
Eu sei que não é minha culpa o que aconteceu com o Nate, mas eu quero lhe dizer que sinto muito.
Henry não diz nada, continua só me olhando.
— Ele é meu amigo, porra! Eu quero vê-lo.
— Quer ver quem? — Raoul aparece na porta. Antes que Henry reclame da intromissão, ele dá de ombros. — Estava aberta. Só vim avisar que o grandão caolho está lá embaixo. Quer saber como você está, cunhada.
— Nate?
Ele confirma com um gesto e eu saio como um furacão.
Só me detenho quando vejo o homem com um curativo em um olho, logo no início das escadas.
— Nate... — Me jogo em seus braços abertos. Já estou chorando. — Me desculpe. Eu sinto mu