Capítulo 77 — Maria Eduarda

Faziam 24h que eu não tinha notícias dele. Tudo bem que eu também não procurei saber. Estava com raiva demais para isso e não conseguiria falar com ele sem desmoronar de novo. Mesmo mal, sentindo que meu coração havia sido arrancado do meu peito, eu me forcei a ir trabalhar.

Precisava cumprir com as minhas responsabilidades, mesmo que a vontade fosse de sumir e nunca mais voltar.

Não poderia deixar meus clientes na mão dessa forma.

Tinha que separar o lado pessoal, do profissional.

Afinal, são nessas horas que as pessoas avaliam se você é mesmo capaz, ou se só conseguiu o cargo porque dormia com o chefe.

O dia havia passado a lentos passos de tartaruga, meus olhos ficaram pregados nos ponteiros do relógio, como se fosse possível acelerar o tempo só com o olhar.

Ainda eram 15hrs e para mim pareceu que passou semanas.

Tirei os óculos e os coloquei na mesa, massageando as têmporas que não paravam de latejar.

Meu pai insistira para que eu ficasse em casa, que trabalhasse d
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