Faziam 24h que eu não tinha notícias dele. Tudo bem que eu também não procurei saber. Estava com raiva demais para isso e não conseguiria falar com ele sem desmoronar de novo. Mesmo mal, sentindo que meu coração havia sido arrancado do meu peito, eu me forcei a ir trabalhar.
Precisava cumprir com as minhas responsabilidades, mesmo que a vontade fosse de sumir e nunca mais voltar.
Não poderia deixar meus clientes na mão dessa forma.
Tinha que separar o lado pessoal, do profissional.
Afinal, são nessas horas que as pessoas avaliam se você é mesmo capaz, ou se só conseguiu o cargo porque dormia com o chefe.
O dia havia passado a lentos passos de tartaruga, meus olhos ficaram pregados nos ponteiros do relógio, como se fosse possível acelerar o tempo só com o olhar.
Ainda eram 15hrs e para mim pareceu que passou semanas.
Tirei os óculos e os coloquei na mesa, massageando as têmporas que não paravam de latejar.
Meu pai insistira para que eu ficasse em casa, que trabalhasse d