RAOUL
— Pai — chamo. Aproveito a ausência do meu irmão para falar da parte que acho mais séria em tudo que aconteceu nesses dias. Ele só me olha, esperando enquanto bebe seu café puro. — Quase matar aquele idiota não foi a única coisa que fiz — confesso.
— O que houve?
— Eu levei a Carmine para uma festa e nossas bebidas foram batizadas. — Meu pai espera, sabe que nada de bom sairá dos meus lábios. — Alguém abusou dela.
— O que? — ele levanta tão bruscamente que seu café derrama sobre a mesa. Agora é ele que parece pronto para cometer um assassinato. — Me conta isso direito, Raoul.
— Eu não sei mais que isso. Ela não quer mais falar comigo e não me lembro de muita coisa daquela noite. — Passo as mãos nos cabelos. — Eu só faço merda. O Henry está certo. Eu devia colocar fogo naquela fraternidade e queimar com eles.
— Não diga merda.
— Merda é o que sempre faço, pelo jeito.
— Você quase matou um cara por causa da sua amiga. Não tem culpa da merda que aconteceu naquela festa se suas bebi