PONTO DE VISTA DE ELISE
Uma semana havia se passado desde aquele dia no clube. Desde a última vez em que vi minha irmã no prédio onde Samanta estava. Desde que as coisas começaram a se mover de verdade, de um jeito que doía e, ao mesmo tempo, aliviava. Agora eu estava no bar onde eu trabalho. Mais precisamente, no escritório dos fundos, aquele com cheiro de couro e madeira antiga, onde Trent começou usar para resolver algumas coisas longe dos olhares curiosos dos irmãos.
Ele estava encostado na bancada ao lado da geladeira, abrindo uma cerveja com o estalo típico que parecia combinar com o silêncio tenso da sala. Ao lado dele, Doyle, o advogado de confiança de Trent, folheava alguns papéis com cuidado, mas os dedos não paravam de bater levemente na borda da mesa. Nervoso. Eu percebia.
"Como estão indo as coisas, Doyle?" Trent perguntou, apoiando a garrafa aberta sobre a madeira maciça da mesa. Seu tom era direto, mas sem pressa. O tipo de voz que impõe presença, mesmo quando está em s