Parte 115...
Domenico
O saguão do hotel era silencioso, discreto, luxuoso. Típico de Milão. Tudo limpo, liso demais. Quase artificial. Passei a mão pelo cabelo enquanto o recepcionista entregava nossos cartões.
— Dois andares reservados. Quartos separados e auditório privativo, como o senhor pediu, signore Barone - ele disse, entregando os cartões com um sorriso burocrático.
Carlo apenas assentiu. Tinha o celular no ouvido, ocupado demais com uma ligação em andamento com um dos contatos novos de Gênova.
Quando peguei o cartão do meu quarto, li o número e ergui a sobrancelha.
— Quarto 906. - li em voz alta, mais pra mim do que pra ele.
E então a vi. A aproximação familiar demais.
— O meu é o 907. - Antonella surgiu ao meu lado como se fosse coincidência. A mesma