Selena não sabia como chegou até ali.
Os pés descalços tocavam o chão úmido da floresta, mas ela mal sentia.
O corpo se movia como se fosse puxado por um fio invisível, guiado por algo mais antigo que a razão.
Desde que o colar se partiu, a dor havia sumido.
Mas o que ficou era pior.
Era necessidade.
Os olhos dela estavam arregalados, os sentidos em alerta máximo. Cada folha que balançava no escuro parecia falar. Cada brisa trazia um perfume que acelerava o coração.
Ele está vindo.
O sussurro não veio de fora. Veio de dentro.
A floresta se abriu diante dela, e então ele surgiu.
Darian.
Ofegante, selvagem, os olhos cinzentos brilhando com uma fúria silenciosa.
O peito nu, o corpo coberto de suor. As veias pulsando. O lobo à flor da pele.
— Selena… — disse, rouco, como se dissesse seu nome pela primeira vez. — Você me chamou.
Ela recuou um passo.
Não por medo.
Mas porque o que via diante de si era mais do que um homem.
Era o vínculo.
— Eu não... — tentou dizer, mas a vo