A fortaleza parecia mais silenciosa naquela tarde. Silenciosa demais.
Os corredores, antes cheios de servos e guardas, estavam vazios. O ar, denso e imóvel, carregava a mesma energia de antes da tempestade. Darian sentia. Aquilo não era calmaria. Era espera. Observação.
Do alto da torre leste, ele olhava o pátio interno com os braços cruzados e os olhos semicerrados. Sabia que a quebra da maldição traria consequências. O lobo estava em paz, mas o Alfa… não.
O conselho havia aceitado a união. Formalmente. Mas ele conhecia os rostos, os silêncios. Nem todos estavam do lado certo.
Darian respirou fundo, puxando o ar como se tentasse farejar as intenções no vento. O vínculo com Selena pulsava sob a pele, quente e constante. Mas o instinto dizia outra coisa:
alguém estava tramando.
Desceu os degraus da torre com passos pesados. Não convocaria ninguém. Não ainda. Às vezes, o lobo precisa farejar antes de morder.
Passou pela ala norte em silêncio. Não havia som de treino no campo. Nem