Darian fechou a porta atrás de si com um silêncio calculado.
O peso da noite ainda vibrava em seus ombros. O que ouvira naquela sala, as vozes conspirando nas sombras, o nome de Theron sussurrado como peça removida… tudo isso latejava em sua mente. Mas ali, naquele quarto, havia outra urgência.
Selena dormia.
Ou tentava.
O corpo dela se remexia entre os lençóis, os dedos crispados, a respiração descompassada. Ele sentiu o vínculo vibrar como uma corrente invisível puxando sua alma. Algo a perturbava. E não era apenas um pesadelo qualquer.
Darian se aproximou, sentando-se à beira da cama. Estendeu a mão devagar e tocou o ombro dela.
— Selena… acorde. Estou aqui.
Ela despertou num sobressalto, os olhos arregalados e úmidos, como se estivesse voltando de um lugar muito distante. O peito subia e descia rápido. Os cabelos loiros grudavam na testa suada.
— Eu vi coisas... — ela disse, ainda sem fôlego. — Um lobo marcado... símbolos... a Anciã me chamava... Ela dizia que havia