A sala de reuniões da fortaleza era ampla, feita de pedras ancestrais, onde os ecos dos líderes passados ainda pareciam habitar as paredes. A luz do dia entrava pelas janelas arqueadas, iluminando com clareza cada rosto, cada expressão. Não havia sombras para se esconder. Não naquela manhã.
Selena caminhava ao lado de Darian, e embora não demonstrasse, sentia o coração pulsar com força no peito. Os olhos sobre ela eram como lanças — alguns cheios de dúvida, outros de repulsa velada. Mas nenhum de aceitação.
Darian não hesitou ao atravessar a sala. Seu porte era firme, o olhar prateado brilhando com autoridade.
— Agradeço por estarem aqui — começou, com a voz que fazia até as paredes tremerem. — Não pedi essa reunião. Eu ordenei. Porque há algo que precisa ser afirmado, diante da luz do dia e sob os olhos de todos.
Alguns conselheiros trocaram olhares. Um deles, mais velho, ergueu o queixo com expressão cética.
— O Alfa não deve justificativas por decisões pessoais — comentou,