O castelo, antes frio e solene, começava a ganhar vida.
As vozes que ecoavam nos corredores não eram mais sussurros tensos, mas gargalhadas e histórias sendo contadas em torno das lareiras. Crianças corriam pelos jardins internos como se ali tivessem nascido. As cozinhas, antes silenciosas, fervilhavam com aromas de ervas, pães, raízes frescas e caldos caseiros.
Selena andava por cada canto. Quase não parava.
A cada novo dia, verificava se todos estavam bem acomodados. Sentava com os anciãos para ouvir histórias. Ajudava a carregar mantimentos, organizava espaços, observava os feridos em recuperação e se debruçava sobre os livros antigos do castelo à noite, buscando maneiras de integrar aquele povo de vez à antiga estrutura do clã.
Ela havia dito que o castelo seria lar. E fazia questão de cumprir isso com cada gesto.
Mayra e Kalen, agora líderes naturais da nova guarda, cuidavam da segurança. Eleonora, com toda sua experiência, supervisionava a administração. E a Anciã mantinha o equ