O céu ainda estava pálido quando o som de cascos cortou a mata. Um tropel constante, decidido, que anunciava não ameaça, mas socorro.
Selena estava sentada ao lado de Darian, sob a proteção de uma tenda improvisada, quando ouviu os primeiros sinais. Os olhos estavam cansados, mas atentos. O povo ao redor ainda se organizava entre cobertores, baldes de água e pequenas fogueiras espalhadas. Não havia mais o que temer, mas todos ainda mantinham a cautela no olhar.
Mayra foi a primeira a se levantar, os sentidos aguçados.
Kalen já se posicionava no alto da antiga muralha quebrada, arqueando o corpo como sentinela.
E então eles viram: os estandartes com o símbolo do clã de Darian surgindo por entre as árvores, e à frente deles, firme como uma lança, Eleonora.
Ela montava um cavalo escuro, armadura leve, postura ereta, o tipo de presença que impunha respeito mesmo em silêncio. Atrás dela vinham três carruagens carregadas com suprimentos, seguidas por guardas escolhidos a dedo — os