O silêncio após a batalha era denso, quase sólido.
Nenhum grito. Nenhuma ameaça.
Somente o som da brisa atravessando os restos do vilarejo e o respirar arfante dos que ainda resistiam.
Selena estava ajoelhada ao lado de Darian.
Ele permanecia inconsciente, os ferimentos expostos, a pele fria — mas o coração batia. Fraco, sim. Mas constante.
Ela o segurava como se o toque pudesse ancorá-lo de volta à vida.
Mayra aproximou-se em passos calculados.
Olhos atentos, arco ainda em punho, a postura de quem não baixava a guarda nem após a vitória.
— A área está segura — disse. — Não restam inimigos por aqui.
Kalen surgiu logo atrás, ofegante, com sangue seco no rosto e uma faixa improvisada no ombro.
— Fizemos a contagem. Feridos, sim. Bastante. Mas ninguém morreu, Selena. Ninguém.
Ela soltou o ar, como se só então conseguisse respirar de verdade.
A tensão nos ombros desabou em alívio bruto. Os olhos marejaram, mas não chorou. Não ali. Não ainda.
— Ele só queria arrasar tudo — murmurou. — Queb