Os primeiros raios do sol filtravam-se pelas copas das árvores, tocando os telhados recém-erguidos com um brilho suave, quase reverente. O vilarejo ganhava forma, dia após dia, como se cada pedra assentada carregasse a esperança de um futuro diferente. Havia riso entre as folhas, martelos dançando sobre a madeira, vozes celebrando pequenas vitórias — uma parede de pé, uma fogueira acesa, uma mesa sendo posta.
E não eram apenas casas que cresciam ali.
Ao redor da clareira, pequenos canteiros já despontavam entre os sulcos da terra. Mulheres agachadas plantavam raízes e ervas medicinais com mãos experientes. Jovens colhiam as primeiras folhas verdes de hortaliças que teimavam em nascer antes do tempo. Vários montes foram delimitados com varas de madeira e cipós, marcando os espaços destinados a legumes e verduras. Crianças ajudavam a carregar cestas vazias, rindo ao se sujar de terra, como se cada semente plantada fosse um jogo alegre com o futuro.
Era o renascimento não só do abrigo, m