O sol ainda não havia despontado, mas o castelo já acordava.
Guardas se revezavam em silêncio. O vento trazia cheiro de chuva. E, por dentro, algo invisível parecia ter se deslocado.
Selena despertou com o calor da pele de Darian ainda impregnado nela. Os braços dele a envolviam, e o mundo — por um breve instante — parecia ser só aquele quarto. Só os dois. Só aquele abrigo construído entre beijos e promessas mudas.
Ela sorriu, preguiçosa, como quem queria mais umas horas de paz. Mas paz… era um luxo que a realidade já começava a cobrar.
— Já está acordada? — murmurou Darian, com a voz rouca, ainda abafada pelo travesseiro.
— Não queria estar — ela respondeu, acariciando o ombro dele. — Aqui é o único lugar onde o mundo não pesa tanto.
Darian rolou sobre ela, apoiando o corpo com controle. Os olhos cinzentos encontraram os dela, já alertas.
— A gente segura o mundo depois. Agora… só mais um momento.
Ela o beijou com ternura, mas também com pressa. Sabia que não podiam se esconde