O dia amanheceu sem cor.
Um manto opaco de nuvens cobria o céu, e o castelo parecia respirar com mais cautela. Como se soubesse — como se sentisse — que algo estava prestes a ceder.
Darian estava no salão de reuniões com três dos seus guardiões mais antigos. O mapa do território aberto sobre a mesa, e o silêncio mais eloquente que qualquer plano.
— Dois postos de vigilância desativados na fronteira sul — disse Aron, o mais leal entre eles. — Nenhum sinal de ataque. Nenhum alarme. Simplesmente… abandonados.
— Sabotagem? — questionou Darian, o maxilar tenso.
— Ou distração — respondeu Aron. — Theron sabe como trabalhar com silêncio.
Darian assentiu, os olhos cinzentos fixos no mapa.
— Ele quer que a gente olhe para o lado errado. Que duvide das nossas próprias paredes.
— Já estamos duvidando — murmurou um dos outros guardiões.
Darian ergueu os olhos lentamente. O silêncio dele bastou para cortar a tensão. Nenhum deles ousou completar a frase.
Selena entrou na sala logo em segui