A sala do conselho era fria por natureza — de arquitetura e de espírito.
As pedras nas paredes, o teto alto, a longa mesa de madeira escura… tudo ali fora feito para pressionar. Para lembrar quem entrava que o poder não era leve. Que decisões tinham preço.
Selena entrou com Darian ao lado. De cabeça erguida. Mas o coração? Pulsava forte, como se soubesse que aquele momento decidiria muito mais que alianças. Decidiria o futuro dela. O deles.
Os conselheiros já os esperavam. Sentados em semicírculo, com expressões impassíveis, quase todas cobertas por rugas de desconfiança.
Darian parou no centro. Não pediu licença. Não explicou sua presença.
Ele era o Alfa. E isso bastava.
— Chamei esta reunião porque estou cansado de me mover entre sombras. — Sua voz preencheu o espaço como aço contra pedra. — E porque é hora de parar de fingir que aceitam o que não toleram.
Um burburinho começou. Um dos conselheiros mais antigos, Galbran, se adiantou.
— Se há algo a ser dito, diga, Alfa. Mas c