Carolina foi parar no hospital, enquanto Sérgio e os outros envolvidos no acidente, que haviam provocado a batida, foram parar na delegacia.
Quando Roberto chegou e a viu, ela estava deitada na cama, mexendo no celular. Os pés brancos e delicados balançavam na beira do leito, em um ar de completo despreocupado.
Ele soltou um suspiro de alívio... E, ao mesmo tempo, deixou escapar uma risada irônica.
Mas, assim que entrou no quarto, o semblante mudou. Seu rosto ficou sério, carregado de uma frieza incomum. Carolina sentiu a pressão no ar sem nem precisar levantar a cabeça. Continuou no celular como se nada tivesse acontecido.
Roberto lançou um olhar de soslaio. Ela estava jogando Snake, aquele jogo antigo da cobrinha.
“Esse jogo...
Hoje em dia nem criança perde tempo com isso.”
Ele jogou o paletó sobre a cama e se largou na cadeira ao lado, as pernas longas cruzadas com imponência.
— Onde se machucou?
— Não me machuquei. — Respondeu Carolina, sem desviar os olhos do celular.
Ele já tinha