— O que a senhora Carolina acha?
Roberto abriu a porta do apartamento em frente ao dela. Carolina ficou sem palavras.
Quando comprara o imóvel, a corretora garantira que o vizinho já morava ali havia mais de um ano.
“Então... Será que acusara Roberto injustamente?”
Era estranho demais. Ele não tinha como prever que ela escolheria exatamente aquele lugar. Teria comprado antes, por acaso?
Mas havia outra possibilidade: e se, de algum modo, ela tivesse sido induzida a comprar aquele apartamento?
De qualquer forma, agora não adiantava mais especular.
— Sr. Roberto, descanse bem. — Disse apenas, antes de entrar em casa.
Encostou-se na porta, fechando os olhos com exaustão.
O coração estava em desalinho, mas tentou não se deixar dominar. Forçou-se a entrar no “modo sono”. Em vão. O corpo não obedecia.
Para se ajudar, abriu uma garrafa de vinho. Mas, quanto mais bebia, menos sono tinha. O álcool só a deixava desperta.
A sensação a assustava. Pegou o celular e, depois de hesitar, enviou uma