— O batimento da Srta. Fernanda mudou, está acelerando…
O médico também percebeu a mudança, a tensão em seu rosto se desfez, e ele soltou um longo suspiro, aliviado por ter apostado certo.
Roberto lançou um olhar rápido ao gráfico do monitor e voltou a fixar os olhos na tela de projeção. Carolina falava colada ao ouvido de Fernanda, parecia que eram as palavras de Carolina que haviam provocado a reação de Fernanda.
“Mas o que, afinal, ela tinha dito?
E por que precisava sussurrar tão de perto, sem deixar ninguém ouvir?”
A mão que Roberto mantinha apoiada no braço do sofá se ergueu. Ele esfregou as têmporas.
— Numa situação dessas, qual é o tempo mais rápido para ela acordar?
— Agora a condição da Srta. Fernanda indica que ela conseguirá acordar. Quanto ao prazo exato, ou ao mais curto possível… Desculpe, Sr. Roberto, não posso lhe dar uma resposta precisa. — Respondeu o médico com extremo cuidado, provavelmente já escaldado pelo puxão de orelha de instantes atrás.
Chamava-se Renato Nun