Capítulo 65 Sem marcas do tempo
— Sra. Carolina, por favor! — O médico abriu a porta com deferência.

O ar pareceu sumir dos pulmões de Carolina.

Seu corpo travou.

Os pés recusavam-se a avançar, e ela permaneceu parada no batente, olhando fixamente para dentro do quarto.

No centro, erguia-se uma cama ampla, branca, quase solene.

Da posição em que estava, podia distinguir a silhueta de alguém deitado, tênue como um sopro.

Não precisava ver claramente para saber. Era ela.

Era Fernanda.

Sete anos.

Sete longos anos sem sequer um vislumbre.

E agora, tão perto... Carolina sentia o coração falhar, como se a própria coragem lhe escapasse.

“Do que estou com medo?”

Perguntou a si mesma, mas não encontrou resposta.

O médico esperava em silêncio. Não a apressava, não insistia, sua postura era paciente, quase compassiva.

Um minuto inteiro se passou antes que Carolina inspirasse fundo, buscando forças.

Ainda assim, não deu o passo de imediato. Voltou-se ao médico e, num fio de voz, perguntou:

— Preciso tomar algum cuidado?

— Não,
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