Sua mentira, no fim, não o enganara.
E, já que não havia como enganá-lo, Carolina simplesmente guardou o celular com naturalidade. Ainda assim, sentiu a vibração de outra mensagem chegando. O que dizia, ela não teve tempo nem ânimo para conferir.
Na volta, foi Carolina quem dirigiu. Roberto, por outro lado, estava recostado feito um senhor absoluto: pernas longas cruzadas com naturalidade, o braço estendido atrás do encosto dela, desfrutando da viagem como se fosse dono do mundo.
— Por que não aceitou a proposta dela? — Perguntou de repente.
Carolina sabia que ele se referia a Tatiane, à oferta de levá-la para conhecer alguém.
— Não confio nela. — Respondeu sem rodeios.
Os dedos de Roberto se enredaram em seus cabelos, sedosos como fios de seda. Ele enrolou uma mecha entre os dedos, brincando:
— E existe alguém em quem você confia?
A pergunta atingiu em cheio.
Antes, ela confiara em Matheus. Mas ele também destruíra a última réstia de confiança que restava.
Seu silêncio era resposta su