Rose assentiu, acompanhando-o.
A biblioteca dos DeLuca era imponente, com paredes cobertas de livros antigos e o perfume amadeirado do mobiliário. Rose, maravilhada, sussurrou:
— É linda… nunca tinha entrado aqui.
— Está na nossa família há gerações — ele respondeu, apoiando-se na mesa de madeira maciça.
Martin estava diante dela. Alto, de cabelo liso e preto, a pele mais morena que Frank, traços firmes e olhar penetrante. Não era apenas bonito — havia nele um charme natural, uma elegância discreta, o tipo de homem que sabia como entrar em uma sala e dominar o ambiente sem levantar a voz. Inteligente, articulado, cada palavra dele parecia medida, pensada para tocar fundo. Respeitoso, transmitia uma segurança que contrastava com o caos que Frank sempre deixava atrás de si.
Rose não pôde evitar a comparação. Frank também era bonito, mas de um jeito arrebatador, quase selvagem. Impulsivo, descarado, egoísta. Um homem que beijava para se impor, não para se doar. Martin, ao contrário, tin