Christian Müller –
Andressa passava suas mãos pela minha camisa, tentando adentrar com a ponta dos dedos e tocar meu peito. Assim que falei, me afastei vendo os olhos de Andressa se arregalarem.
— O quê?
— Não se faça de desentendida. — Falei, segurando as mãos dela contra o meu corpo, sem tirar o sorriso gélido do rosto. — Eu sei que vocês falavam constantemente seis anos atrás. E sabe o que mais? Na noite do sequestro... você ligou para ela várias vezes.
Andressa tentou soltar a mão, mas eu a segurei firme, inclinando mais o corpo na direção dela.
— Por quê? — Repeti, a voz mais baixa, mais ameaçadora. — O que você e Sophie tramaram naquela noite?
Ela respirou fundo, o sorriso sumindo completamente, substituído pelo pânico.
— Christian, eu... eu não sei do que está falando.
Apertei os dedos em seu pulso.
— Você sabe. E vai me contar.
Me aproximei ainda mais, encarando-a nos olhos. Ela engoliu em seco, desviando o olhar, e pela primeira vez desde que entrei naquela sala, eu vi medo d