Laura Stevens –
A sala estava em silêncio agora. Só se ouvia o som suave do monitor cardíaco, o respirar lento de Tereza no bercinho ao lado, e o zumbido constante da minha cabeça tentando se acostumar com a ausência dele. Com a ausência daquilo que um dia eu jurei que era amor.
Amanda dormia recostada no sofá ao fundo do quarto, exausta. E eu... eu apenas observava minha filha.
Ela havia acabado de mamar e agora dormia com aquela expressão serena, de quem não conhece ainda a dor do mundo. Eu passei os dedos suavemente por sua bochecha e sorri, com o coração remendado às pressas por aquele pedacinho de gente.
Foi então que a porta se abriu.
Christian.
Meu olhar se ergueu devagar e encontrei o dele. Estava cansado, abatido, como se tivesse corrido mil quilômetros para chegar até mim.
—Amor... meu Deus, vocês estão bem? — Ele perguntou, entrando devagar, sendo cauteloso.
Amanda, que estava ao meu lado, despertou com a voz dele e se levantou num pulo, olhando de mim para ele com uma expr