Laura Stevens —
Norma caiu ao chão com um baque surdo, e no segundo seguinte, um zunido atravessou meus ouvidos como se o som do mundo tivesse sido engolido por dentro da minha cabeça.
O tempo parou. Minha visão tremulava nas bordas, mas consegui virar o rosto para o lado, o vendo ali.
Christian.
Ele estava parado, segurando a arma com as duas mãos.
Seus olhos ardiam como brasas acesas e confesso que nunca o vi tão consumido pela dor, pela raiva, pela perda, como nesse momento.
Não era só fúria. Era desespero. Um homem destruído por dentro, tentando manter-se inteiro por fora.
A arma tremia, mas seu olhar era firme. Estava preparado para ir até o fim — por mim, por Nathan, por esse bebê em meu ventre... por tudo o que nos foi tirado.
Senti o mundo girar de novo. Meu corpo cedeu.
A adrenalina que me mantinha de pé evaporou como fumaça. Meus músculos não responderam. O zunido ficou mais alto. E, então, tudo se apagou.
Acordei devagar, mas mantive os olhos fechados.
O colchão sob meu cor