A luz da manhã invadia lentamente o quarto de Taylor, filtrando-se pelas frestas das cortinas de linho cru. O ar ainda estava morno, resquício da noite abafada, e o canto dos galos ao longe se misturava ao zumbido das cigarras que nunca pareciam cessar naquele pedaço de terra quente e vasto. No entanto, nada disso era suficiente para acordar Taylor voluntariamente.
Ele resmungou, revirando-se na cama de casal com os lençóis amarrotados, a cabeça enterrada no travesseiro como se pudesse se proteger do mundo, ou da ressaca que pulsava em sua nuca com a insistência de um tambor. O gosto metálico na boca denunciava a bebedeira discreta da noite anterior, uma tentativa frustrada de esquecer o caos que Lila causara no seu peito.
Mas a paz durou pouco.
A