O quarto estava mergulhado em penumbra quando Lila abriu os olhos pela primeira vez. A luz suave do amanhecer atravessava as cortinas semi abertas, lançando um brilho pálido sobre os móveis e as paredes em tons de branco e dourado. O ar estava parado, quente, pesado. E sua cabeça… sua cabeça latejava como se tivesse mil martelos batendo ao mesmo tempo.
Ela soltou um gemido rouco ao levar a mão à testa. O toque dos próprios dedos pareceu amplificar a dor que pulsava dentro do crânio. Sua boca estava seca, a garganta arranhando, e um gosto metálico e amargo repousava na língua. Uma náusea súbita subiu pelo estômago e ela virou o rosto de lado, respirando fundo, tentando não vomitar ali mesmo, sobre os lençóis.
— Ai, meu D