Enquanto as horas se arrastavam na casa dos pais de Bárbara, a atmosfera permanecia tensa. Marta, com os olhos inchados de tanto chorar, preparava um almoço que mal seria tocado, enquanto Antônio, sentado em sua poltrona preferida, folheava o jornal sem realmente lê-lo. Bárbara e Henrique se esforçavam para manter uma conversa leve, mas a preocupação e falta de Bruno era um incômodo na sala que ninguém conseguia ignorar por completo.
No final da tarde, Bárbara e Henrique decidiram que era hora de voltar para a mansão. Eles precisavam de um momento a sós para digerir o primeiro passo da revelação e planejar os próximos. Após mais abraços e promessas de manter os pais informados, eles se despediram e entraram no carro de Henrique.
O sol começava a se pôr, tingindo o céu de laranja e roxo. A viagem de volta era geralmente tranquila, mas Bárbara não conseguia relaxar. Seu coração ainda estava apertado pela dor que causara aos pais, mesmo que por uma boa causa. Enquanto Henrique dirigi